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Zinco na antiguidade utilizava-se como óxido de zinco para tratamento de feridas e queimaduras.

O zinco tornou-se objeto de estudo no final do século XIX, quando o estudioso Gabriel Bertrand descobriu que uma espécie de cogumelo (Aspergillus niger) dependia desse mineral para o seu crescimento, sendo que, após essa descoberta, experimentos seguintes confirmaram o resultado em animais.

Zinco: componente importante na alimentação saudável

A partir dos estudos feitos em animais, muitas funcionalidades do zinco passaram a ser observadas como:  mineral importante no funcionamento de determinados hormônios, na síntese das proteínas, órgãos reprodutores e ao bom funcionamento do trato urinário.

O zinco está presente em todos os órgãos, mas em maior quantidade no pâncreas, fígado, na pele e fâneros, sendo que, no sangue,  está ligado aos aminoácidos e às proteínas.

 

Aproveitamento do zinco pelo organismo

Importante mencionar que o aproveitamento do zinco pelo nosso organismo é de 5 a 10% de todos os alimentos que consumimos.

 

Fatores que dificultam a absorção do zinco

Alguns fatores contribuem para a baixa absorção do zinco em nosso corpo, como por exemplo os alimentos que ingerimos que contêm fitatos, contidos nos vegetais, o consumo de álcool, taninos, alguns antibióticos, e os até os anticoncepcionais orais.

Outro fator bastante importante são os ftalatos, que são substâncias nocivas contidas em embalagem de alimentos fabricadas em cloreto de polivinil, fazendo com que os alimentos contidos no interior da embalagem sejam atacados, diminuindo, assim, as taxas de zinco nas pessoas que consomem tais alimentos.

 

Quais os alimentos mais ricos em zinco?

Os alimentos que contem maior quantidade de zinco estão no mar, começando pela própria água do mar, conchas e ostras.

Fora do mar, o zinco é encontrado também, mas em menor quantidade, nas carnes, gema do ovo, feijão e nozes.

Convém destacar que as proteínas de origem animal ajudam a prevenir a carência de zinco em nosso organismo.

Diante desse quadro, é preciso um cuidado especial na dieta vegetariana, pois, além de as proteínas de origem animal não estarem inseridas nessa dieta, a quantidade de zinco contida nos vegetais é muito pequena, o que pode prejudicar de forma notável  o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.

 

Zinco: importância no homem

Um estudo sobre carência de zinco foi realizada inicialmente em 1961 por Prasad e colaboradores, em um curso de experimentos realizados em iranianos com problemas de atrofia dos órgãos sexuais, nanismo e anemia. Constatou-se que após uma ministração de zinco, os sintomas que o grupo apresentava foram corrigidos!

Existem provas de que o uso do zinco pode reverter problemas no homem como impotência ou esterilidade

 

Outras situações em que pode provocar carência de zinco

Alimentação artificial para reanimar pacientes e para os que fazem hemodiálise;

Pessoas alcoólicas e anorexas e com doenças intestinais, dos rins e cirrose;

Transpiração em excesso, pois o organismo elimina o zinco juntamente com o  suor;

Administração de medicamentos como penicilina e corticoides;

 

O que pode causar no organismo a carência de zinco?

Uma carência muito acentuada de zinco no organismo pode manifestar-se por queda de cabelos e dos pelos, erupções de pele e modificações importantes nas unhas tornando-as quebradiças e com marcas brancas.

Anomalias na regulação da tireoide são causadas por pessoas com baixas taxas de zinco no organismo.

Uma outra consequência muito importante na carência de zinco é a ageusia (perda do paladar) e anosmia (perda do olfato).

Normalmente os sintomas de carência de zinco desaparecem após a sua ministração no organismo.

Estudos mais recentes demonstraram que a carência de zinco pode provocar a arteriosclerose, devido a importantes mudanças no metabolismo dos ácidos graxos motivados pela ausência do mineral

 

Zinco e o nosso sistema imunológico

A importância do zinco em nosso sistema imunológico foi recentemente reconhecida, através de um estudo no ano de 1977, onde uma criança apresentava uma atrofia da glandula timo (glandula responsável pela produção dos glóbulos brancos no sangue) e tendo recebido doses de zinco a glândula voltou ao seu tamanho normal, e, a partir daí um grande impulso foi tomado nas pesquisas.

Confirmou-se, então, que o zinco exerce papel fundamental na manutenção de nosso sistema imunológico, fazendo com que a falta dele provoque a diminuição do nosso sistema de defesa, favorecendo, assim, o surgimento de doenças de distúrbio de imunidade.

 

 Zincoterapia: o que é isso?

Muitas das anomalias acima citadas, podem ser corrigidas com o tratamento de aplicação intravenosa de zinco, ou zincoterapia.

O zinco pode ser aplicado como terapeutico em várias situações como cicatrização lenta de feridas, retardo de crescimento, acnes, úlceras, diabetes e pré-diabetes e esterilidade, bem como na regulação das taxas de glicemia e insulina.

Em condições normais, as necessidades de zinco para o organismo é de 15 mg diárias na maioria dos países.

 

 

Os profissionais da área da saúde são os indicados para avaliar a sua dieta.